TRATAMENTOS
No caso da maioria das parasitores, a principal dificuldade encontrada no tratamento decorre da impossibilidade de diagnosticar a doença logo no início. Quando se nota que o peixe está atacado, ele já se apresenta debilitado, razão pela qual poderá não responder aos vários tipos de tratamentos preconizados. Pode-se afirmar que nas criações intensivas, feitas em tanques de médio e grande porte e quando as infestações /infecções são maciças, nenhum tratamento eficaz pode ser indicado. Deve se adotar como medida importante verificar se os medicamentos tem a propriedade de atuar sobre as formas infestantes/infectantes, sem o que fatalmente fracassará. Outra estratégia que pode ser adotada quando da utilização de qualquer droga, é tentar elevar a temperatura de água para entre 28 e 30oC. Com essa medida, reduzir-se-á a taxa de oxigênio dissolvido da água, dificultando a sobrevivência do parasita, que não vive sem a presença deste gás. Isso porém é inegável, se considerarmos grandes volumes de água.
Considerando as informações acima destacadas, pode-se chegar à conclusão que torna-se inviável o tratamento de peixes acometidos por parasitores nos seus respectivos tanques de criação (engorda). Se for tentado qualquer tipo de tratamento, parece ser indicado a utilização de tanques especiais para esta finalidade, com um volume de água menor e conhecido, o que facilitará, inclusive a diluição do medicamento e permite controlar a liberação das drogas utilizadas para o ambiente, pois, segundo a maioria dos autores, esses produtos são prejudiciais à flora e fauna em geral. Muitas vezes é mais conveniente, e freqüentemente menos caro, não efetuar nenhum tratamento, visto, na maioria das vezes, não haver comprovação científica de sua eficácia, além de não ser possível prever a extensão do prejuízo que estes produtos causam quando liberados no ambiente. Nesse caso é melhor sacrificar o plantel, drenar a desinfetar o tanque, e a seguir, recomeçar a criação.
Sugere-se ainda realizar profilaxia nos alevinos e adultos, adquiridos para criação, reprodução e ou venda destes indivíduos. Isso pode ser feito, utilizando-se a seguir, os peixes em tanques de quarentena pelo tempo necessário. Os banhos mais utilizados são os seguintes:
SAL COMUM- 10 g/l (alevinos) a 20 g/l (adultos) de água, por um período de 24 horas
PERMANGANATO DE POTÁSSIO- 1 g/50 litros por um período de 1 hora
VERDE MALAQUITA- 1 g/100 litros por um período de 1 hora
FORMALINA- 1ml de formol comercial para 5.000ml de água por um período de 10 minutos.